Ser carmelita descalça é seguir a Cristo na escola de Santa Teresa.

Santa Teresa de Jesus iniciou em 1562 um novo modo de viver, como um pequeno colégio de Cristo, a quem ela amou e dedicou toda sua vida apaixonadamente, levando consigo muitas outras com seu carisma.
Uma de suas primeiras filhas, por exemplo, chamava-se Maria de São José. Ela conta-nos que tendo sido educada num palácio e Santa Teresa passando por ali para uma fundação, cada vez que se encontravam, repreendia-a por “andar com galas”, não sendo isto para monjas. Admirava-se Maria porque nunca tinha dito a ela que queria ser monja!

Diz-nos ela: “Por este tempo me chamou o Senhor à religião, vendo e tratando a nossa Madre e a suas companheiras, às quais moviam as pedras com sua admirável vida. E o que me fez segui-las, foi a suavidade e grande discrição de nossa boa Madre”.

Nossa Santa Madre Santa Teresa foi dotada pelo Espírito Santo com graças místicas, carismas, que foram transmitidos a nós, para serem vividos, preservados, aprofundados e desenvolvidos constantemente em harmonia com o Corpo de Cristo, a Igreja.

 “A gama de conteúdos vivenciais do carisma poderiam resumir-se em três componentes: o humanismo que ele introduz na vida religiosa: apreço da pessoa, virtudes humanas e sociais, alegria festiva, nivelação de classes, etc.; seu misticismo, ou forte anelo de vida teologal e experiência de Deus, na oração, concebida como “trato de amizade com quem sabemos que nos ama”, simbólica sede da água viva, sentido esponsal da vida consagrada, etc.; e sua atividade, no serviço apostólico, com viva atenção aos reclamos e necessidades da Igreja e do ambiente social. Componentes genéricos os três, mas bem matizados desde a peculiar experiência da Santa.” (Dicionário de Santa Teresa)